VOCÊS



Penso em vocês quando estou a viver.
Desculpem-me, só quis versar poeticamente.
Tipo, só quis dizer que penso em vocês a cada respirar (inspirar e expirar).
Vocês Indagam:
— Outra poesia em minha homenagem?!
E eu respondo.
— Sim!
Me põem na parede.
— Por quê?
Me afasto (não muito) da parede.
— Por que não? Se apenas as boas lembranças ficaram,
Se o que prefiro recordar são apenas os bons momentos,
Se a cada olhar uma poesia se fazia,
Se a cada lábio, se a cada língua... nossas relações se estabeleciam.
[Multilínguas, multiculturas, multisabores, multialmoços, multicachorros-quentes,
Multilasanhas...]
Se a cada música um rosto se desenha
Se a cada cheiro me transporto inconscientemente para os seus olhos.
Viajo nos nossos encontros, viajo legal...
Mas é isso, os problemas afastam...
Me empurram um pouco mais na parede.
— E o sentimento, é o mesmo?
Tento responder de novo.
— O sentimento? Olha, se eu disser que é o mesmo, estou mentindo,
Vocês sabem que creio naquela constante de infinitismo de mudanças.
Então... calma, vou responder...
O meu sentimento ainda é demasiado em ralação a vocês,
Diferente de antes, pelo motivo que já disse e vocês sabem
E sinceramente, o sentimento está a devir, numa crescente...
Não sei...
Só sei que é saudade.


17/08/14 07h07min 

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